Resumo
De casa, a UnBTV conversou com o professor, pesquisador e especialista em vírus da UnB Bergamann Ribeiro. Ele e sua equipe foram os primeiros a sequenciarem o genoma do novo coronavírus no Distrito Federal. Agora, o foco de sua pesquisa tem sido o desenvolvimento de um teste diagnóstico rápido, que servirá numa segunda onda da doença. Além disso, a conversa foi pautada pelas pesquisas que têm sido realizadas em todo o mundo para o desenvolvimento de vacinas capazes de combater a covid-19.
A entrevista foi realizada no dia 13 de maio de 2020.
01:40 - Depois que você tem o genoma, você sabe quais as proteínas que o vírus tem. No coronavírus, a proteína que induz o sistema imunológico é a proteína S. Por engenharia genética, nós desenhamos um pedaço dessa proteína S e colocamos num vírus de inseto que não causa doença.
03:56 - Para produzir o teste rápido, eu preciso de colaboradores especialistas em teste de fitinha. A UFG é parceira.
06:28 - O teste não estar bom para essa primeira fase da doença.
07:35 - Esses testes são todos importados. Os governadores compraram o teste sem saber se eram confiáveis.
08:44 - O teste molecular é o padrão ouro porque ele detecta o ácido nucleico do vírus.
11:00 - O vírus sequenciado na UnB apresentou oito mutações em relação ao primeiro vírus sequenciado em Wuhan, na China.
13:27 - Para a Influenza, existem plataformas já montadas para produção de vacina. O que são essas plataformas? Como não existem nenhuma plataforma de vacina para coronavírus humanos, temos de construir a plataforma do zero.
15:00 - Os tipos de vacinas que estão sendo produzidos
17:00 - A vacina que está mais na frente no desenvolvimento é a de RNA.
19:37 - A vacina que estava sendo produzida anos atrás para a SARS-CoV-1 serviria para a SARS-CoV-2, mas foi interrompida por interesse da indústria farmacêutica.
22:00 - Para fazer uma vacina que sirva para todo os tipos de coronavírus precisamos conhecer todos os vírus existentes.
23:00 - O que tem de ser feito até encontrarmos uma vacina?
24:56 - Nós temos poucos mortos em Brasília, mas se abrirmos tudo de uma vez só a doença pode se espalhar.
25:40 - Daqui a pouco, também vamos ter remédios, como foi feito com o vírus HIV. A tendência é melhorar.
Equipe:
Produção: Cleisyane Quintino
Edição: Vinícius Acioli
Assistência técnica: Guy Filipe
