Tirando de letra: Patrícia Melo

Resumo

Nesta edição do Tirando de Letra, conversamos com Patrícia Melo, uma das mais premiadas escritoras da literatura contemporânea brasileira, cujas obras, que têm a morte como questão central, já foram publicadas em mais de 16 línguas. Na entrevista, Patrícia Melo aborda o processo de escrita e criação de personagens, o amadurecimento do trabalho e o seu último livro publicado, "Mulheres empilhadas".

Destaques:

01:17 - Já são 25 anos de vida de literária (...) sinto que deixei de ser a jovem escritora.
03:11 - Falar da floresta e colocar a floresta como protagonista era importante pra fazer um contrapeso à narrativa tão dura do feminicídio no Brasil.
05:14 - Esse medo vai se transmutando até você perceber na idade adulta que é o medo da morte, do vazio, do nada. E essa temática da violência, que sempre me cativou, no fundo, é uma temática periférica à temática da morte.
07:55 - A cada novo romance, você quer descartar a experiência que você conseguiu pra escrever o romance anterior, porque você não quer se repetir.
08:49 - O que eu tenho é uma experiência para composição de personagens (...) aprendi uma maneira de trabalhar personagens.
10:46 - Eu era muito mais rigorosa. (...) Eu acordava, tomava café, entrava no meu escritório e saía quando estava completamente exaurida. Hoje eu não sou mais assim.
11:54 - Essa é uma profissão que você não quer usar a experiência que adquire.
12:37 - Hoje eu sou publicada em mais de 16 línguas. A sensação que eu tenho é de uma universalidade dessas questões. A questão da violência contra mulher, por exemplo, eu sinto que esse tema está presente de forma universal.
15:21 - Dostoiévsky foi um grande professor pra mim na construção de personagens.
17:22 - Eu realmente sou disciplinada. Eu engato um projeto no outro porque eu preciso disso.
19:01 - É um momento de maturidade da minha literatura e isso me traz um certo orgulho.
20:35 - Animação de um trecho da obra Mulheres empilhadas.