Resumo
Este relato de experiência (Da Silva e Curi, 2020; Labiak; De Novais e De Novaes Silva, 2020) aborda o projeto de extensão Caleidoscópio Enredado nas Escolas Femifilme Cine-Debate, cujas temáticas são as desigualdades sociais de gênero e sexualidade, suas interseccionalidades e insurgências. O objetivo deste texto se refere à apresentação de reflexão sobre essa ação extensionista que realiza diálogo horizontal em formato de roda de conversa. As sequências didáticas elaboradas por nós extensionistas, sob orientação das professoras coordenadoras, nos aproximou da práxis docente, tendo como recurso pedagógico os audiovisuais, especificamente um filme de ficção (Muylaert, 2015) e um documentário (Carvalho, 2021). Como referencial teórico, utilizamos as pesquisas de Santos e Martini (2020), que explicitam o uso de audiovisuais na extensão universitária; Franco (2018), que conceitua sequência didática e os seus benefícios, e Silva e Costa (2014), que dissertam sobre as desigualdades sociais. Os resultados obtidos no projeto alcançam o envolvimento e a sensibilização, a partir dos audiovisuais priorizados e de rodas de conversa, das extensionistas e do corpo discente do Instituto Federal (IFB) do campus São Sebastião acerca das desigualdades de gênero, raça e classe. Evidenciamos também que a comunidade estudantil do IFB de São Sebastião é receptiva à ação extensionista proposta pela Universidade de Brasília (UnB). Concluímos que a extensão universitária é importante para a formação cidadã, confirmando a potência do tripé da ação universitária - ensino, pesquisa e extensão - para a transformação social.
